Para evitar as supostas "entregas de resultados" que vinham ocorrendo nos dois últimos Campeonatos Brasileiros a CBF tomou uma decisão: colocar os clássicos regionais nas últimas rodadas do campeonato. Com isso a entidade apostou na rivalidade clubística para dar um fim a essa pouca-vergonha de fazer corpo-mole pra prejudicar o rival. À princípio, muitos comentaristas esporívos e torcedores foram céticos queanto à eficácia dessa ação, mas ao que parece, ao menos dessa vez, a CBF tinha razão. Com essa sacada a CBF não só resolveu o problema das "entregas", como também fez com que esta última rodada do Brasileirão 2011 possa ser a mais emocionante de todos os tempos com tudo, título, vagas pra Libertadores e rebaixamento, sendo decidido em clássicos. Como diria Galvão Bueno: "Haja coração!"
No entanto, quando todos poderiamos terminar o campeonato dando os parabéns a CBF - coisa rara hoje em dia- o presidente da entidade dá o ar da graça e nomeia o corinthiano Andrés Sanches como diretor de seleções da CBF. Não tenho nada contra a escolha, afinal, Andrés vem fazendo um trabalho muito bom à frente do Corínthians. No entanto, tal anúncio não podia ter sido feito em pior momento. Anunciar para um cargo de comando na CBF o presidente de um dos clubes envolvidos na disputa do título do campeonato nacional; campeonato este promovido pela mesma CBF é no mínimo imprudente. Imaginem se o juiz marcar algum pênalti pró Timão, expulsar algum jogador Palmeirense ou marcar algo contra o Vasco. A não ser que seja algo muito claro, muita gente irá dizer: "Também, o presidente do Corínthians tá na CBF... Já tava tudo armado."
Se a contratação do Andrés pela CBF fosse feita após o término do campeonato todo esse possível constrangimento poderia ser evitado. No entanto, a julgar pelo que temos visto nos últimos anos, quem disse que o Ricardo Teixeira se incomoda com costrangimento?
